quarta-feira, 15 de abril de 2009

Visão de Mundo

Olá meus amiguinhos!Desculpem-me por ter ficado três dias sem postar, é que 2ª e 3ª tive Simulado, tinha que estudar, e ontem tive que fazer um trabalho de Geografia, que coisa feia Yvee, deixou para a última hora!Pois é...mas hoje estou postando não?Então...Hoje vou colocar um pequeno texto que fala de um trabalho de Platão, que meu professor de Filosofia nos deu ontem.

“O Mito da Caverna
A passagem mais famosa em toda a obra de Platão se acha na República e é conhecida como o Mito da Caverna.Nele, Platão coloca de forma simbólica sua visão da condição humana, e especialmente do conhecimento humano, em relação à realidade como um todo.
Imagine, diz ele, uma grande caverna, ligada ao mundo exterior por uma passagem longa o bastante para impedir que qualquer luz do dia penetre na própria caverna.Olhando para a parede do fundo, com as costas voltadas para a entrada, está uma fila de prisioneiros.Não só seus membros estão acorrentados como também têm seus pescoços presos, de modo que não conseguem mover as cabeças, e portanto não podem ver nenhuma parte de si mesmos.Tudo o que podem ver é a parede à sua frente.Têm estado nessa situação por toda a vida, e não conhecem nada mais.
Na caverna, atrás deles, há uma grande fogueira.Sem que eles saibam, existe uma mureta da altura de um homem entre eles e a fogueira; e do outro lado dessa mureta há gente passando constantemente de lá para cá levando coisas em suas cabeças.As sombras desses objetos são projetadas na parede em frente aos prisioneiros pela luz da fogueira, e as vozes das pessoas que os carregam ecoam sobre a mureta e chegam aos ouvidos dos prisioneiros.Ora, diz Platão, as únicas entidades que os prisioneiros apreendem ou experimentam em toda a sua existência são essas sombras e esses ecos.Em tais circunstâncias, seria natural para eles supor que sombras e ecos constituem toda a realidade que existe; e seria a essa “realidade”, e à experiência que têm dela, que toda a sua conversa se referia.
TUDO QUE PODEM VER É A PAREDE À SUA FRENTE
Se um dos prisioneiros pudesse soltar as correntes, estaria tão entrevado por toda uma vida de imobilidade na penumbra que só girar o corpo já lhe seria doloroso e incômodo, e a fogueira ofuscaria seus olhos.Ele se veria confuso e atordoado, e desejaria dar as costas de novo e encarar a parede de sombra, a realidade que ele entende.Se fosse arrastado de uma vez para fora da caverna, para o mundo da deslumbrante luz do dia, ficaria cego e desnorteado, e demoraria muito até que conseguisse ver ou entender qualquer coisa.Mas então, quando já estivesse habituado a viver no mundo exterior, se tivesse de retornar à caverna, de novo ficaria temporariamente cego, dessa vez por causa da escuridão.E tudo o que dissesse aos prisioneiros sobre suas experiências seria incompreensível para aquelas pessoas cuja linguagem só teria sombras e ecos como referências.
O modo de começar a compreender esta alegoria é nos ver a nós, seres humanos, como aprisionados em nossos próprios corpos, tendo por companhia apenas prisioneiros iguais a nós, e todos nós incapazes de discernir os seres reais um do outro, ou ao menos nosso próprio ser real.Nossa experiência direta não é da realidade, mas do que esta em nossas mentes.”


Antes de ler o que aqui está escrito, pense no texto que acabou de ler.É bom que você tenha a sua opinião, antes de ler a minha.

Bem, nossa, esse texto me faz pensar em tantas coisas que até acho difícil começar.
Cada um de nós, está preso, como esses prisioneiros.Cada um tem a sua visão da realidade.Algumas pessoas têm visões parecidas, outras completamente diferentes, mas nunca iguais.Alguém que pense de um jeito parecido com o meu, lerá o que escrevo e concordará com pelo menos com quase tudo.Uma pessoa que enxergue as coisas completamente diferente de mim, lerá, e não concordará com nada.

Achamos estranho, por exemplo, pessoas de outros países que comem escorpião.Elas, podem achar estranho a gente comer feijão com arroz todo santo dia.Isso pois vivemos realidades, e vidas completamente diferentes.

O que é certo para um, pode ser errado para outro, pois cada um tem a SUA REALIDADE.
Não há modo errado ou certo de ver a realidade, apenas há modos diferentes.
Claro que devemos trocar nossas visões de mundo, para enriquecermos, atenção, enriquecermos as nossas, e não mudá-las, e enriquecermos as dos outros.
Não digo que seja errado mudar a sua visão do mundo, pelo contrário, normalmente, quando se muda, se amadurece.

Todos nascemos da barriga de nossas mães, o mundo para nós era a barriga de nossas mães, e quando nascemos descobrimos que o mundo é muito maior que aquilo.Esse talvez seja o primeiro amadurecimento de nossas vidas.

Depois, crescemos, perguntamos aos pais, ou vamos à escola, de alguma forma, percebemos que o mundo não é só seu bairro, nem sua cidade, nem seu país.O mundo é maior até (e muito maior aliás) que o Sistema Solar!

Enfim, o que estou querendo dizer, é que, para mim (você percebeu?Para mim, para outro pode ser diferente!), é certo você trocar ideias com as pessoas, enriquecendo ambas, o errado é você mudar o pensamento de outra pessoa, pois você acha que só o seu é certo.
Por exemplo, na Idade Média, quando a Igreja Católica matava pessoas que, como Galileu, diziam que a Terra girava em torno do Sol.

Se a gente pensar com o pensamento de hoje, a Igreja estava errada, e Galileu, certo.Mas se a gente fizer algum esforço e tentar olhar com os olhos da Igreja na época, talvez poderíamos ver que eles realmente acreditavam que o Sol é que girava em torno da Terra, e não o contrário.Mas, talvez poderíamos ver também, que alguns dos poderosos da Igreja sabiam que Galileu estava certo, mas não queriam que o povo mudasse seu pensamento, ou seja, amadurecesse.Nó sabemos que nessa época a Igreja era rica e muito poderosa.Essa informação poderia mudar a cabeça das pessoas, que pensariam diferente e poderiam mudar a realidade.Realidade essa que era ótima para o Clero e para Nobreza.

Bem, e Hitler?Algumas pessoas podem achar que ele matou um monte gente simplesmente porque estava afim, por diversão.Outras podem pensar que era tudo preconceito.Outras até, infelizmente, podem gostar do que ele fez.Eu acho, e talvez se estudar mais mude de ideia, que para ele, ele estava super certo.Para ele, o mundo seria melhor se os judeus morressem.Imagino que muitas pessoas que lerem isso vão discordar comigo, “Ele era um maníaco que gostava de torturar e matar, só isso!”

Não estou tentando procurar alguma bondade nele.Mas você sabia que ele era vegetariano?Pois é, fico pensando em como alguém que se preocupa com os animais, mata tantos humanos.Outra coisa, o discurso dele, foi o 2º mais convincente de toda a História, (o 1º foi de Jesus Cristo).Acho que alguém que faz um discurso desse, acredita no que fala, que realmente, o mundo seria melhor sem os judeus, e eles mereciam sofrer.

Antes que alguém se assuste ou me interprete mal, que fique claro que eu não concordo com o que Hitler fez, só tento, e acho importante, tentar enxergar as coisas pelos olhos dos outros, para tentar entendê-los.Eu disse entendê-los, e não mudar minha visão por isso.
Novamente, é certo trocar ideias, o errado é obrigar as pessoas a ver a mesma realidade que você.

Mas uma coisinha, (eu disse que esse texto me fez pensar em muita coisa!) muita gente aqui no Brasil, se alguém perguntar qual é o tipo de cabelo que ela gosta, vai dizer loiro e liso.Isso quer dizer que ele é o melhor tipo de cabelo?Não.Só que muitas pessoas acham que é o melhor tipo de cabelo.Nada contra cabelos loiros e lisos, na verdade acho que são lindos, mas, se a gente for reparar na mídia, podemos ver que lá ta cheio de cabelos loiros e lisos.Agora, a mídia está cheia de cabelos loiros e lisos porque as pessoas preferem, ou as pessoas preferem esse tipo de cabelo porque está na mídia?
Pense.

Na minha opinião, mais do que mudar a opinião das pessoas, a mídia pode DETERMINAR a opinião das pessoas.Algumas pessoas podem engolir tudo o que passa na mídia simplesmente porque nunca formaram a sua opinião, graças a mídia que sempre fez isso por elas, em todas as suas vidas.

Por favor, não vá desligar a TV para sempre!Só gostaria que você continue a assistir TV, mas com consciência, e com sua visão do mundo formada.A mídia, pode dar a opinião dela, cabe a você conhecê-la, ver se concorda ou não, e formar a sua opinião, ou acrescentar algo, ou não, nela.
Para terminar, um pequeno resumo.Cada um tem a sua visão de mundo.Cada um pode trocar a visão de mundo com o outro.Cada um pode tentar entender a visão de mundo do outro.Cada um pode mudar sua visão de mundo, mas essa mudança deve vir de dentro pra fora, e não o contrário.

É isso, espero que vocês tenham refletido bastante, assim como eu, ou mais!
Beijinhos amigos.

3 comentários:

  1. Talvez o ser humano esteja fadado a uma eterna repetição das idéias, por mais criativo que ele seja. A psicologia analítica, segundo Carl Jung, conclui que os chamados arquétipos são a forma imaterial pela qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar, referindo-se aos modelos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique, isto é, aquilo que é original, na verdade é produto de uma constante repetição de uma mesma experiência de vida de nossos antepassados e se repetem em qualquer época e em qualquer lugar do mundo. Destes estudos resultou a linha de pesquisa denominada: Física e Psicologia

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  2. Quanto ao Canon, o líder desse segmento populacional político-religioso tem obrigatoriamente que seguir as normas do Direito que o regem e que são estáticas em razão da própria natureza que possui, que é a religião, ou seja, uma vez que a prioridade das decisões e difusão das informações à mídia são pautadas sob uma égide, digamos promíscua, (pois política e religião não podem se imiscuir) por sua vez, por força da própria lei a que se submete, esta tem que ser cumprida, traduzindo assim que se trata de um poder meramente humanístico e não divino como tentam fazer parecer.

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  3. Quanto ao Nazismo aconteceu a mesma coisa. Após diversas articulações dentro da lei que vigia à época e dentro dos preceitos da Constituição de Weimar, os nazistas conseguiram ascender ao poder.
    Depois da indicação do nazista Frick ao Ministério do Interior e Göring ao principal estado alemão que era a Prússia, foi editada em uma das primeiras ordens do dia o seguinte: “Os oficiais de polícia que se utilizarem de armas de fogo na execução de seu dever podem contar com todo o apoio, independentemente das conseqüências de seus atos” e em 23 de março de 1933 a Alemanha veio a conhecer no Reichstag uma nova lei dentro do Direito Alemão, que era a denominada Lei de Autorização que revogava a Constituição em vigor e autorizava o governo nazista a ditar leis sem a necessária aprovação do parlamento. Desta forma o líder desse segmento populacional tinha, por obrigação que cumprir não só os fundamentos dessa nova lei como todas as doutrinas, dogmas, diretrizes, pois era por força de lei. Portanto as atrocidades cometidas eram, em tese, legais. Aconteciam dentro da lei nazista de um país, pois havia um fundamento para tais atos, assim como doutrinas e dogmas que as justificavam dentro dos limites territoriais da nação. Porém, perante o Direito de uma forma geral tratava-se de genocídio. Hitler podia até gostar da barbárie, mas além de gostar tinha a obrigação de praticá-la por força de lei.

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