sábado, 19 de novembro de 2011

Diálogo

1: Eu sou amigo deles.

2: De quem?

1: Dos extraterrestres.

2: Como você pode ter certeza se ELES te consideram amigo? Você pode considerar, mas a visão de mundo deles é completamente diferente da sua.

1: Bem, eu tenho certeza porque eu tenho contato com eles.

2: Medo... ­

1: Não fique com medo.

2: Ta... E como você tem contato com eles?­ ­

1: Eles visitam a Terra e nós estabelecemos uma comunicação psiônica.

2: E vocês batem um papo?­ ­

1: Sim.

2: E o que eles te dizem?­ ­

1: Ah depende, várias coisas.

2: Tipo?­ ­

1: Dizem que nós vivemos em guerra civil.

2: Hum... E eles já te disseram coisas que nenhum humano diria?­ ­O que acontece depois da morte, por exemplo?­ ­

1: A morte é apenas um conceito humano.

2: Ta, mas o que acontece depois desse conceito humano?­ ­

1: A pessoa decide se vai permanecer um tempo como éter ou se vai reencarnar.

2: Os extraterrestres que te disseram isso?­ ­

1: Sim, eu aprendi com eles.

2: Ta... Eu não acredito em reencarnação e muito menos que a gente fique como éter, mas se você acredita tudo bem. ­

1: Mais alguma dúvida?

2: O que é um buraco negro?­ Já te disseram isso?­ ­

1: Boa, é uma falha que leva para outra camada do multiverso.

2: Ham..­ ­

1: Multiverso é o conjunto dos universos, em outras palavras. É um portal para outra dimensão.

2: Eu sabia...­ Outra pergunta: segundo a física quântica nós nunca estamos encostando realmente em um objeto. Isso é verdade?­ ­

1: Não, eu estou sentindo a cadeira que estou sentado.

2: Isso porque o seu cérebro foi treinado para sentir a cadeira.

1: Mas isso eu nunca conversei com eles.

2: Mas se você for pensar que tudo é feito de átomos, e os átomos não são coisas maciças, então na verdade nós realmente nunca encostamos em nada.­ ­

1: Isso é relativo.

(ad infinitum)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Movimento absoluto

"(...) não somos bastante sutis para aperceber o escoar provavelmente absoluto do devir, o permanente só existe graças a nossos órgãos grosseiros que resumem e reduzem as coisas a planos comuns, ao passo que nada existe sob essa forma. A árvore é a cada instante uma coisa nova, nós afirmamos a forma porque não captamos a sutileza de um movimento absoluto".
Nietzsche

Não é lindo?!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Paz e Amor


Olá, pessoinhas!
Colocarei aqui uma breve reflexão que fiz ao assistir o filme "Hair" (1979).

"Assisti ao filme faz alguns dias. Na última cena em que todos estão na frente da Casa Branca pedindo paz eu lembrei imediatamente que a mesma população (estadunidense) se reuniu na frente da Casa pra comemorar o dia que supostamente o Osama morreu. Fiquei pensando meio triste, primeiro pede-se pela paz, depois comemora-se a morte de uma pessoa.
Assisti ao filme com a minha mãe e ela, toda certinha, ficou falando que eles eram imorais, faziam orgias e usavam todo tipo de droga. Pois bem, eles faziam mesmo orgias e usavam todo tipo de droga. Eles podem ter morrido de HIV, overdose, ou qualquer problema que aquele estilo de vida lhes proporcionou posteriormente, mas eles podem falar com a cabeça erguida: Pelo menos eu nunca fiz uma pessoa sangrar."

sábado, 9 de julho de 2011

Ouroboros

Olá, pessoas!

O semestre está acabando e acho que agora já posso ver um pouco o quão mudei desde o começo do ano. Primeiramente achei que iria relaxar mais na questão dos estudos pois estava numa faculdade de Cinema. Enganei-me. Descobri que serei CDF pelo resto da minha vida! Acho que isso é bom não? Bom, acho que na questão do aprendizado é desnecessário dizer que aprendi mais coisas e aperfeiçoei o que já sabia. Percebi que nunca mais vou assistir a filmes como assistia. Hoje além de ver a história eu também observo o movimento da câmera, o cenário, as roupas dos personagens... Primeiro fiquei com medo de que não iria mais sentir um filme. Enganei-me novamente. Quando um filme é bom, não importa o quão especialista em cinema você é, ele o emocionará. Descobri isso fazendo a análise de um filme que eu gostava muito, "Abril Despedaçado" (super recomendado). Eu via cada cena, pausava e descrevia tecnicamente. Chegou ao fim do filme, eu consegui chorar!

Para fechar o semestre, colocarei aqui um filme que eu e meus amigos fizemos como trabalho de uma disciplina.

E também...


Antes de entrar no Curso eu havia assistido: 584 filmes

Depois que entrei no Curso, até agora, assisti: mais 47 filmes

Destes, por causa do Curso, assisti: 22 filmes

Daqueles, por minha vontade, assisti: 25 filmes

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Era de Imagens



Olá, pessoas!

Estou colocando aqui um vídeo que eu fiz pra minha aula de Teoria da Literatura!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quantos Césares fui

Olá, amiguinhos!

Nessa quarta-feira eu fiz um teste "Que poema de Fernando Pessoa você é?" e o resultado foi o texto a seguir. Quando eu li pela primeira vez, não me enxerguei nele. No dia seguinte vi que ele tem muito de mim!


"A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico, cujo campo próprio lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida. Isto não vem a propósito de nada.



Tenho sonhado muito. Estou cansado de ter sonhado, porém não cansado de sonhar. De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e á um sono em seus sonhos em que estamos despertos. Em sonhos consegui tudo. Também tenho despertado, mas que importa? Quantos Césares fui! E os gloriosos, que mesquinhos! César, salvo da morte pela generosidade de um pirata, manda crucificar esse pirata logo que, procurando-o bem, o consegue prender. Napoleão, fazendo seu testamento em Santa Helena, deixa um legado a um facínora que tentava assinar a Wellington. Ó grandezas iguais à da alma da vizinha vesga! Ó grandes homens da cozinheira de outro mundo! Quantos Césares fui, e sonho todavia ser.



Quantos Césares fui, mas não dos reais. Fui verdadeiramente imperial enquanto sonhei, e por isso nunca fui nada. Os meus exércitos foram derrotados, mas a derrota foi fofa, e ninguém morreu. Não perdi bandeiras. Não sonhei até o ponto do exército, onde elas aparecessem ao meu olhar em cujo sonho há esquina. Quantos Césares fui, aqui mesmo, na Rua dos Douradores. E os Césares que fui vivem ainda na minha imaginação; mas os Césares que foram estão mortos, e a Rua dos Douradores, isto é, a Realidade, não os pode conhecer.


Atiro com uma caixa de fósforos, que está vazia, para o abismo que a rua é para além do parapeito da minha janela alta sem sacada. Ergo-me na cadeira e escuto. Nitidamente, como se significasse qualquer coisa, a caixa de fósforos vazia soa na rua que se me declara deserta. Não há mais som nenhum, salvo os da cidade inteira. Sim, os da cidade dum domingo inteiro - tantos, sem se entenderem, e todos certos.


Quão pouco, no mundo real, forma o suporta das melhores meditações. O ter chegado tarde para almoçar, o terem-se acabado os fósforos, o ter eu atirado, individualmente, a caixa para a rua, mal disposto por ter comido fora de horas, ser domingo a promessa aérea de um poente mau, o não ser ninguém no mundo, e toda a metafísica.

Mas quantos Césares fui!"


Livro do Desassossego

Bernardo Soares

(Fernando Pessoa)



















Antes de entrar no Curso eu havia assistido: 584 filmes

Depois que entrei no Curso, até agora, assisti: mais 22 filmes

Destes, por causa do Curso, assisti: 13 filmes

Daqueles, por minha vontade, assisti: 9 filmes









sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mentira

Olá, pessoas!

No último post eu falei das diversas verdades que podem existir. Não é? Pois bem. Hoje falarei das mentiras.
Por incrível que pareça, eu não planejei escrever sobre a mentira hoje, dia da mentira. Na verdade já faz alguns dias que eu queria escrever, mas não tive tempo. E até que foi bom porque serviu como uma luva para hoje heim?

Sim, caiu como uma luva hoje e acho que esse assunto vai cair como uma luva por muito tempo na minha vida. Sabem porquê? Vou contar.
Outro dia eu assisti a um filme chamado "O Primeiro Mentiroso" (é bem fraquinho o filme, não recomendo não) que mostrava um lugar onde as pessoas não contavam mentiras. O personagem principal trabalhava numa indústria de filmes, mas nos filmes não podia haver interpretação porque os atores estariam falando "mentiras". Não havia atores, pois eles são mentirosos. Os filmes eram feitos com um cara chato lendo uma história. E a história não era uma história fictícia, porque histórias fictícias são mentiras. Nos filmes o cara lia História (sim, História, com H maiúsculo).
Apesar do filme (O Primeiro Mentiroso) ser bem fraquinho, ele disse uma verdade:
As artes são mentiras.
Estamos estudando coisas parecidas nas aulas.
Nas aulas de Teoria da Literatura, por exemplo, vimos que Aristóteles disse que todas as artes são imitações. E imitações são mentiras. São?
Bem, na aula de Linguagem Cinematográfica houve uma questão: O Cinema seria a Reprodução da Realidade ou simples Criação Artística? Bem, eu acho que é as duas coisas. Mas não importa, porque ambos são mentiras.

Agora nós podemos voltar a um dos primeiros posts deste blog.

Um escritor conta mentiras para mostrar a verdade, um político conta mentiras para esconder a verdade.”
V de Vingança

Sem mentiras, não haveria arte. Portanto, que bom que elas existem!











Curioso eu recordar hoje de um dos primeiros posts. Outro dia, eu observei, vendo posts antigos, o quanto que eu mudei de 2009 para 2010. Vocês podem reparar que existe uma certa mudança no estilo dos posts. Então eu pensei em observar se eu mudaria este ano e vejam só, retornei ao post de 2009! Bem, mas eu tenho certeza que mudarei este ano. Para observar a minha mudança, além de ler as postagens, também vou registrar o número de filmes que eu assisto. Reservei esse espacinho para por a quantidade de filmes vistos no meu Filmow antes e depois de entrar no curso.
Antes de entrar no curso eu havia assistido: 583 filmes
Depois que eu entrei no curso, até agora, assisti: mais 11 filmes
Destes, por causa do Curso assisti:5 filmes
Daqueles, por minha vontade, assisti: 6 filmes

segunda-feira, 21 de março de 2011

O que é realidade?


Olá, pessoas!
Eu não escrevi nada no Diário do Escritor esse fim de semana primeiro porque eu não observei nenhuma cena muito interessante que pudesse me dar alguma inspiração e segundo porque eu pensei que se a ideia do Diário do Escritor é justamente guardar observações que possam um dia se tornar algum trabalho, eu não deveria publicar essas observações, pois seriam meu material no futuro.
Agora vamos ao que realmente importa hoje:
No primeiro dia de aula a gente assistiu a um filme muito doido: A Montanha Sagrada.
Você até pode assistir, se quiser, mas eu não sei se recomendo... é muito surreal demais...
Enfim, eu escrevi sobre o que este filme me fez pensar (na verdade esse filme me fez pensar em outras coisas além do que eu escrevi, mas se eu tivesse escrito tudo, ficaria um texto enorme). Lá vai ele:

"Buscando descobrir o que é realidade

Sagrado. Se formos definir essa palavra, podemos dizer que é algo que não é deste mundo e portanto não pode ser tocado por mãos humanas. Talvez por isso existam tantos mitos de montanhas sagradas, pois elas desafiam as pessoas a alcançar seu topo e poucas conseguem fazê-lo. Mas por que queremos tanto alcançar o topo da Montanha Sagrada? Pelo mesmo motivo que Eva comeu o fruto do conhecimento do Bem e do Mal: Para descobrir o que é realidade.

É uma tarefa difícil. Principalmente se considerarmos que desde que nascemos milhares de verdades são impostas a nós e quando crescemos a nossa filosofia de vida e nossa visão de mundo já estão formadas. Por isso, para descobrirmos o que é realidade, devemos voltar à época do nosso nascimento e esquecer tudo o que vivemos até agora.

Então encontramos duas mulheres nuas cujos cabelos estão sendo raspados. A mesma coisa irá acontecer conosco, para voltarmos a ser bebês indefesos, prontos para começar a viver.

Logo depois, nós encontramos um homem que parece Jesus Cristo e ele está sendo crucificado e apedrejado por índios. Na cena seguinte, estes mesmos índios foram mortos e parece que aquele Jesus Cristo foi vingado. Neste momento, nós nos lembramos que já ouvimos uma história assim antes, mas que quem crucificou Jesus Cristo foram os judeus, que para alguns cristãos, estavam representando toda a humanidade. Aí nós nos lembramos daquela outra história, que nos anos 1940 milhares de judeus foram mortos. Assim como aqueles índios do começo da história.

Voltamos à nossa questão primordial: o que é realidade? Bem, para aquelas pessoas que mataram os judeus, os nazistas, a verdade era que os judeus realmente deveriam morrer. O homem que teve essa ideia, fez o segundo discurso mais convincente da História. Pensando nisso, nós percebemos que ele realmente acreditava naquilo.

O curioso é que quem fez o discurso mais convincente da História foi Jesus Cristo e pela visão de Hitler, Ele teria apoiado tudo o que o nazista fez, mas o discurso falava exatamente o contrário.

Um pouco depois, nós vemos a representação dos espanhóis (que seriam cristãos) invadindo o território mexicano e matando milhares de índios (que seriam pagãos). Então nós lembramos todas as guerras que já foram travadas por causa da Religião. Cada povo afirmando que o seu deus é verdadeiro e que os outros são mentiras. E nós ficamos perdidos.

Nós estamos enxergando diversas verdades, qual delas é a realidade? Será que há uma única realidade?

Desde que nascemos, aprendemos que é realidade tudo o que não é sonho. Mas enquanto estamos sonhando, tudo parece real. Então, como podemos ter certeza se exatamente neste momento não estamos, na verdade, sonhando? E quando acordamos e nos lembramos do nosso sonho, nós poderemos guardar a lembrança deste sonho no nosso cérebro, assim como guardamos a lembrança do que fizemos ontem. Aí nós pensamos: qual é a diferença de uma lembrança para a outra? Uma é real e a outra não? Mas se essa lembrança não real ocupa um espaço no nosso cérebro, ela não é, de certa forma, real?

No final, nós descobrimos que subir a Montanha Sagrada (se é que conseguimos subir mesmo) não nos permite enxergar a realidade. Nós somente estamos numa altura o suficiente para podermos ver, lá embaixo, todas as verdades existentes. Talvez um dia nós consigamos ver o que é realidade. Ou não."

sexta-feira, 18 de março de 2011

Diário do Escritor III (As portas abertas do ônibus)

Agora pouco eu estava no ônibus voltando para casa (bem que o meu professor disse que o ônibus é um ótimo lugar para observações de escritores hehe) e vi uma cena bonitinha, engraçada e curiosa. Eu estava no terminal da lagoa ainda, o ônibus estava parado e de portas abertas.
Vi um menininho de uns quatro anos falando com uma mulher que devia ser sua mãe:

- Esse ônibus vai de porta aberta?
- Não.
- Aquele ônibus vai de porta aberta?
- Não.
- Algum ônibus vai de porta aberta?
- Não. Quando o ônibus vai de porta aberta está errado. Quando o motor que fecha a porta está quebrado.
- E aí as pessoas caem?

Depois de achar graça no menininho, eu levei o meu pensamento para o lado social (sempre levo) e pensei que aquele menino estava sendo acostumado à pobreza. Obviamente, não de propósito, mas estava sendo acostumado a andar de ônibus. Além disso, ele ainda ficou sabendo de ônibus quebrados e/ou com algum defeito e isso, cá entre nós de Florianópolis, é bem comum...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Diário do Escritor II (Brasil Novo!)


Agora, postando a anotação do Diário do Escritor de hoje:

Hoje eu fui para o centro fazer uma Carteira de Trabalho. Cheguei lá e me deram uma senha que só seria chamada no dia 29 de março! Primeiro fiquei indignada por ter que voltar lá dia 29 de março e também por ter que esperar tanto. Depois pensei pelo lado bom. Se a minha senha só seria chamada dia 29 de março, era porque muitos brasileiros estavam fazendo uma Carteira de Trabalho também! Isso é ótimo para o país, temos cada vez mais brasileiros trabalhando com Carteira assinada e consequentemente mais brasileiros terão acesso aos seus direitos!

Diário do Escritor I (Algo que me lembrou o Admirável Mundo Novo)



Olá, amiguinhos!
Eu estou adorando a faculdade! Por enquanto eu tive mais aulas de Literatura e Escrita que Cinema, mas não tem problema nenhum, porque todos esses fazem parte do meu coração!
Sim, eu sei que a ideia deste blog é eu colocar uma frase que eu tirei de algum lugar e depois falar sobre ela, mas não vou fazer isso hoje.
O meu professor de Expressão Escrita (que também é professor de Teoria da Literatura) sugeriu para que cada aluno fizesse um Diário do Escritor. O Diário do Escritor seria um caderninho que os alunos levariam sempre consigo e que anotariam algo interessante que observaram durante o seu dia.
De certa forma, eu já tenho um Diário do Escritor, um caderninho que eu levo sempre comigo e que quando tenho alguma ideia para livro/conto/crônica/filme/ou o que mais vier à minha cabeça, eu anoto nele.
É claro que eu não escrevia nele todos os dias (mesmo sendo criativa, não tenho ideias a toda hora). Só que o meu professor falou pra a gente escrever no Diário do Escritor todos os dias! E eu não vou usar o meu caderninho companheiro para ser Diário de Escritor, porque não quero lotá-lo de coisas (ele é especial).
Portanto decidi que enquanto eu não compro outro caderninho para ser o Diário do Escritor, eu vou usar o blog para isto. E além disso eu ainda garanto postagens todos os dias!
Então lá vai, essa anotação vale pela observação de ontem:

Eu estava voltando à pé da UFSC, indo para o Shopping Iguatemi me encontrar com a minha mãe, quando vi a Escola de Polícia Militar. Eu já havia passado por ela muitas vezes, mas nunca tinha reparado nas pessoas de lá dentro.
Eu vi vários rapazes enfileirados e quietos, todos com cabelo raspado, camisas para dentro da calça e posturas retíssimas. Na hora eu me lembrei do Admirável Mundo Novo, e eles seriam as classes baixas, aquelas que usavam roupas iguais (não lembro o nome das classes baixas). Não julgo quem escolhe pela carreira militar, mas sinceramente não entendo o porquê de escolher. Aqueles rapazes não pareciam que tinham personalidade, pareciam que estavam sendo moldados para aceitar o Capitalismo, ou sei lá mais o que. Nada como poder fazer tatuagem e piercing (eu não pretendo fazer, mas fico feliz por não ter ninguém me proibindo disso) ou pintar o cabelo (sim, isso eu faço).
E viva a originalidade!

sábado, 12 de março de 2011

Vida Nova!

Olá, amiguinhos!
Eu sei...Eu sei que estou há um tempão sem postar por aqui...
Mas esse ano começou de um jeito tão diferente do dos anteriores que não consegui nem organizar a minha cabeça para escrever algo decente aqui.
Então vamos lá... preciso contar a vocês tudo o que aconteceu na minha vida até aqui. Assim eu vou contar as novidades e também tenho uma desculpa por ter ficado tanto tempo sem escrever...

No começo do ano eu fiz a segunda fase da FUVEST para Ciências Sociais. E não passei. ¬¬
Fiquei triste no começo e até me achei um pouco fracassada, eu queria muito ir morar em São Paulo novamente.
Mas passei pra Cinema na UFSC. E agora já estou empolgada com o curso. Só acho que vou sentir um pouco de falta de aulas sobre Política. (Eu tinha muitas aulas que tinham a ver com Política no Colégio da Lagoa, principalmente a de Sociologia) Pretendo, a partir do segundo semestre porque no primeiro não é permitido, cursar algumas disciplinas de Ciências Sociais e Filosofia.
Vejamos o que mais tenho que falar...
Quando voltei de Sampa para Floripa nas férias, encontrei o meu pc quebrado ¬¬. Ele ainda está no conserto e eu tenho que usar o do meu irmão (quando está livre). Essa também é uma boa desculpa para não ter escrito nada por aqui... Só que sem o meu pc eu também quase não pude escrever o livro que estou escrevendo. Eu havia planejado, desde o ano passado, que terminaria de escrevê-lo antes das aulas e já o mandaria para a Biblioteca Nacional para registrar no meu nome e depois só ficaria preocupada em mandar para as editoras. Como eu não sabia o que me esperaria na faculdade, achei que seria melhor já ter escrito o livro, para ter mais tempo para me dedicar aos estudos. Mas tudo bem. Quandoo meu pc voltar do conserto eu finalmente vou poder terminar o meu livro ^^.
Outra coisa que eu gostaria de ter feito nessas férias é ler. Os meses de janeiro e fevereiro geralmente são os mais produtivos para leitura, nos anos anteriores eu li uns cinco livros só nesses dois meses. E este ano? Bem, este ano eu ainda não consegui terminar de ler nenhum! Este ano realmente está sendo e será muito diferente dos outros.
Nesse carnaval a minha amiga Ana veio para ca. Nós fomos para algumas festas e nos divertimos muito. Os momentos mais engraçados foram os que estavam dando milhares de coisas erradas. Fez-me pensar que quando você está com um amigo, mas um amigo mesmo, como a Ana (nos conhecemos há dez anos!), qualquer momento pode ser divertido. Nós duas tivemos momentos realmente terríveis, por exemplo: acordamos às 5h da manhã para ir para a praia ver o nascer do sol. Chegamos lá e.... começou a chover!! Mesmo assim nós começamos a rir da nossa desgraça. Não importava que estava chovendo, nós estávamos juntas e isso era muito bom.

Acabei de assistir a um filme que gostei muito. Chama-se "Em Qualquer Outro Lugar". Eu me identifiquei muito com o filme, pois conta a história de uma mãe que se muda para Beverly Hills com a sua filha. Houve uma parte do filme que me lembrou o meu Natal do ano passado. No filme, as duas são convidadas para uma festa na casa da amiga da menina. A menina se arruma e vê a sua mãe fazendo faxina. A mãe diz que não vai mais à festa e a menina sai de casa com raiva e começa a socar a parede. Pensei que a menina poderia ter ido à festa sozinha, sua mãe falou para ela ir, mas ela não poderia passar o Natal longe da sua mãe.
Agora vou contar como foi o meu Natal no ano passado.
Eu, a minha mãe e o meu irmão fomos viajar de carro para São Paulo no dia 24. Estávamos os três com um mal pressentimento, mas fomos mesmo assim.
Estávamos na estrada quando um carro nos ultrapassou numa curva (detalhe: estava chovendo e a pista estava molhada) e começou a derrapar na nossa frente. A primeira reação do meu irmão (que estava dirigindo) foi freiar, mas como nós estávamos em alta velocidade e em uma curva, nós fomos tangencialmente para o mato.
Não aconteceu nada com a gente. O pneu estourou e a parte de baixo do carro foi toda arranhada porque tinha uma pedra (não lembro direito o que aconteceu com o carro, mas não importa). Bom, nós três chamamos o gincho e ficamos horas em um posto de gasolina porque o carro não podia prosseguir viagem (o balanceamento estava todo estragado). O que me chamou atenção foi que encontramos várias pessoas preocupadas conosco e querendo nos ajudar. Aquilo era Natal. Por isso agora agradeço a todas as pessoas que nos ajudaram naquele dia: os frentistas, o motorista do gincho, o mecânico. Também agradeço ao amigo do Gabriel Felipe, que foi nos buscar lá em Joinvile. Agradeço a ele e ao João, nosso vizinho, por terem nos convidado para as suas ceias, apesar de nós não termos ido a nenhuma das duas (queríamos ficar em casa e dormir cedo, nos estressamos muito). Agradeço a minha mãe, por ter ido ao supermercado e improvisado uma ceia tão deliciosa.
Agradeço a minha família por ser exatamente como ela é.
Esse texto sobre o Natal deveria ter sido escrito próximo ao Natal, mas não foi possível. Mesmo assim, às vezes eu penso porque algumas pessoas só pensam em ser fraternais no Natal. Portanto esse texto pode sim ser postado hoje, dia 12/03/2011, se você for fraternal nesse dia. Finja que todos os dias é Natal.